ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

Uma das estratégias adotada pelo Ministério da Saúde (MS) na prevenção de epidemia por influenza é a campanha de vacinação anual, buscando reduzir complicações e gastos com o agravo, essa é voltada especificamente a indivíduos do grupo de risco ( pessoas a partir 60 anos, crianças entre 6 meses e menores de 5 anos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, professores, indígenas, portadores de algumas doenças crônicas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional), existindo uma lacuna dentre a população dos 5 aos 59 anos 11 meses e 29 dias, que para receber imunização necessita arcar com os custos na rede privada (BRASIL, 2019; RIBEIRO, 2017). Este estudo visa analisar notificações registradas de influenza entre os anos 2013 e 2018 no município de Tangará da Serra-MT, através de análise quantitativo, realizada em março de 2019 com dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação Compulsória (SINAN). Entre os anos acima citados foram notificados trinta indivíduos fora do grupo prioritário da campanha, sendo eles quinze de cada sexo, destes, havendo doze confirmações (cinco homens e sete mulheres com idade média de 38 e 41 anos respectivamente) e quatro evoluções para óbito. Segundo o MS até a semana epidemiológica 45 de 2018 foram registrados 1.363 óbitos por influenza (BRASIL, 2018) o que motiva o desenvolvimento de estratégias para prevenção e controle em toda comunidade, ampliando gradativamente o grupo alvo da campanha. Visto que a vacina privada não é acessível a todos devido custo e até mesmo pela baixa produção nacional da mesma, contudo para maior parte da comunidade brasileira resta apenas medidas gerais de prevenção, que devem ser reforçados pelo serviço de saúde através de ações e campanhas educativas, até que haja oferta da vacina para toda população.