ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

Introdução: No Brasil, o sistema de saúde é organizado a fim de possibilitar aos usuários acesso aos serviços de saúde, sendo a APS uma importante porta de entrada com o papel de identificar as necessidades de indivíduos e comunidades. No que concerne ao acesso a esse nível primário de atenção, tem-se dois principais regentes: a acessibilidade e o tempo de espera. Objetivo: relatar a experiência de residente de MFC no processo de implantação do acesso avançado em equipe de Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS) em Fortaleza. Resultados: A percepção da necessidade de mudança organizacional para um melhor acesso do usuário ao serviço já vinha sendo motivo de reflexão pela equipe. Por esta razão, desde 2009, já havia dois turnos de atendimento agendado na Associação Pequeno Cidadão (APC) - associação comunitária localizada na área da equipe - porém o foco era atendimento de grupos específicos. O acesso avançado começou a ser realizado em quatro turnos semanais, na APC. A proposta era que todos os pacientes fossem acolhidos pelo médico, que poderia resolver no primeiro atendimento casos simples ou agudos, agendar casos complexos ou encaminhar para orientações de enfermagem. A demanda agendada permaneceu com horários marcados, enquanto a demanda espontânea era atendida por ordem de chegada, para todos os pacientes que comparecessem à APC no início do turno do atendimento. Com a mudança no tipo de agendamento e atendimento na equipe, estima-se que houve melhora na adesão dos pacientes ao tratamentos, na redução das taxas de absenteísmo e melhor acesso à comunidade, que apresenta alta vulnerabilidade social. Conclusão: Após a experiência da implantação do acesso avançado, percebeu-se que a gestão da agenda centralizada diretamente nos integrantes da ESF acarreta potencial redução da espera por atendimento e aumento na adesão dos usuários às consultas, influenciando diretamente na saúde da população.