ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

Introdução: O risco de desenvolver câncer de mama aumenta com a idade e mais da metade dos casos dessa neoplasia ocorrem em mulheres de risco médio entre as idades de 50 e 74 anos. Há um reconhecimento internacional da necessidade de desenvolver informações objetivas sobre os benefícios, malefícios e incertezas do rastreamento para melhorar o atendimento às pacientes. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, realizada na PubMed, BVS e sítios eletrônicos do Ministério da Saúde com publicações dos últimos 5 anos, utilizando os descritores: breast cancer screening, neoplasias de mama/prevenção e controle. Resultados/Discussão: A faixa etária de rastreamento do câncer de mama varia muito de país para país. O Preventive Services Risk Task4 recomenda o rastreamento entre os 50 e 74 anos. A Sociedade Americana de Câncer recomenda que o rastreamento comece aos 40 anos. Segundo o Ministério da Saúde, o rastreamento deve ser realizado bianualmente através da mamografia em mulheres de risco habitual, com idade entre 50 e 69 anos, nas mulheres com menos de 50 anos ou mais de 70 anos, o rastreamento deve ser realizado anualmente apenas pelo exame clínico das mamas. Nos casos de risco elevado, deve-se realizar mamografia anual a partir dos 35 anos. Os potenciais benefícios do rastreio são a redução da mortalidade; decréscimo da morbidade das terapias para câncer, quando este é detectado nos estágios iniciais e benefícios psicológicos. Os potenciais riscos são dor e desconforto; exposição à radiação; falsos positivos, ansiedade, falsos negativo, custo e subdiagnóstico. O Protocolo de Atenção Básica demonstrou que o rastreamento por mamografia não reduz a mortalidade por câncer de mama nas faixas etárias de 40-69 anos. Conclusão: Decidir sobre quando participar do rastreio envolve uma discussão personalizada entre a mulher e seu médico, necessitando sempre avaliar os riscos e benefícios do procedimento.