Estudo descritivo da Sífilis Congênita em Mato Grosso de 2007 a 2016

Vol 2, 2019 - 113646
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Resumo

Introdução: Uma das formas de transmissão da sífilis com maior impacto é a congênita, por produzir desfechos graves. A taxa de detecção da sífilis congênita (SC) é parâmetro para avaliação da atenção à saúde da mulher, refletindo a qualidade do pré-natal e do combate às ISTs. Objetivo: Descrever o perfil dos casos notificados de SC em Mato Grosso. Metodologia: Estudo descritivo, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), de 2007 a 2016. Resultados: Foram comunicados 1.251 casos de SC, aqueles com classificação final ignorada e os descartados foram excluídos, analisando-se 1.118 casos. Foram notificados 24 (2,1%) natimortos/abortos por SC, 1.092 (97,7%) casos de SC recente e 2 (0,2%) de SC tardia. A taxa de incidência foi 2,1 por mil nascidos vivos, variando de 0,8/1000 em 2009 a 3,5/1000 em 2015. Sobre à faixa etária, 94,1% tinham até 6 dias, 2,7% entre 7 e 27 dias, 2,9% de 28 dias a 11 meses e 0,3% tinham 1 ano. A respeito da assistência ao pré-natal, observou-se que 76,9% das mães realizaram-o, mas que a maioria dos parceiros (54,6%) não foi tratada. Quanto a sífilis materna, em 54,2% o diagnóstico veio durante o pré-natal, em 41% durante ou após o parto/curetagem, a informação foi ignorada em 3,9% e não realizou-se o diagnóstico em 0,9%. Conclusão: Os dados evidenciaram a ineficácia da assistência prestada no combate a doença, com taxa de detecção acima do preconizado pela OMS e preocupa, uma vez que o rastreamento sorológico é obrigatório durante o pré-natal e o tratamento e prevenção adequados são capazes de evitar a infecção congênita e a reinfecção materna.

Instituições
  • 1 Universidade Federal de Mato Grosso
  • 2 Hospital Universitário Júlio Muller
Palavras-chave
QR3 Método de pesquisa
X70 Sífilis feminina
Y70 Sífilis masculina