ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

INTRODUÇÃO: De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2014, o câncer de pele não melanoma foi o mais incidente em homens nas regiões S, SE e CO e o mais frequente nas mulheres em todas as regiões. Provavelmente há um sub-registro dessa patologia, devido a um subdiagnóstico. Sendo assim, as estimativas das taxas de incidência normalmente representam um valor abaixo do real.1 Com isto, desenvolver estratégias de Educação em Saúde em Dermatologia é muito importante, pois existe uma procura elevada por atendimento especializado que poderia ser minimizada com adequado treinamento teórico e prática sobre o tema na Atenção Primária.2 OBJETIVO(S):Pesquisar os fatores de risco para CA de pele em 3 populações diferentes.METODOLOGIA:Foi aplicado um questionário com 3 diferentes tipos de público (estudantes universitários, pacientes da UBS e transeuntes de um parque), questionando: cor declarada, escolaridade, frequência e método de uso proteção solar. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram coletados 501 questionários (101 - UBS, 216 - universidade, 214 - parque) . Escolaridade: UBS - 38,6% ensino fundamental completo 9% se declarou não alfabetizado. Cor da pele: UBS - houve maior prevalência de pessoas que se declararam pretas (6% a mais). Uso de barreiras físicas: a maioria dos universitários (58,3%) nunca utilizam. Uso do filtro solar: UBS - 44,6% nunca utilizam, motivo da falta de uso: parque - 20% não julga importante. CONCLUSÃO: A coleta de dados foi essencial para o desenvolvimento de técnicas de intervenção e abordagem específicas para cada população. Distribuir folhetos com maior quantidade de elementos visuais e menos texto será mais efetiva nas UBS, enquanto um maior incentivo para o uso de barreiras físicas pode ser feito no ambiente universitário. Nos ambientes urbanos deve-se enfatizar a importância do uso do protetor tanto na prevenção do CA quanto do envelhecimento precoce e queimaduras solares.