ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

A promoção da saúde através da Educação em Saúde (ES) se tornou uma grande aliada dos serviços públicos para a melhoria da saúde da população. O estudo objetiva analisar a produção bibliográfica nacional, no período de 2012 a 2017, sobre a Educação em Saúde na Atenção Primária do Sistema Único de Saúde (SUS), enfatizando a Educação Popular em Saúde (EPS) e revelando os principais métodos e técnicas da ES, assim como seus entraves e desafios. Trata-se de um estudo de revisão sistemática, abordando publicações de artigos e periódicos sobre o tema de educação e ações de promoção em saúde na atenção primária à saúde no Brasil. A pesquisa bibliográfica buscou artigos nos bancos de dados. As produções científicas selecionadas a partir dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) foram: Educação em Saúde e Atenção Primária. Os critérios de inclusão foram: artigos nacionais, produção entre 2012 e 2017 e publicação disponível na íntegra. Obteve-se um total de 40 artigos. De acordo com o levantamento, 45% das atividades educativas realizadas na Atenção Primária eram pautadas no modelo tradicional e 32,5% problematizadoras. A maior concentração da produção científica foi na Região Sudeste 62,5%. Dentre as dificuldades para a implementação de práticas educativas efetivas foram identificadas: as tendências pedagógicas tradicionais na formação acadêmica dos profissionais; a falta de apoio da gestão; a sobrecarga dos profissionais e sua desvalorização. A esfera que envolve o fortalecimento da EPS foi verificada ir além do aspecto saúde-doença, pois fortalece o indivíduo como um ser subjetivo e político. O estabelecimento do diálogo é visto como uma forte ferramenta na aproximação entre o profissional e o popular, tornando a Educação Popular uma potencial reorientadora de práticas. E com a persistência de uma metodologia educativa vertical, transmissiva e não participativa, não será possível efetivar a Educação Popular.