ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

Introdução: É reconhecido que a polifarmácia reduz a adesão à terapêutica medicamentosa,aumenta gravidade das reações adversas e das interações medicamentosas, o risco de utilização de medicamentos potencialmente inadequados e, assim, a morbimortalidade. Em idosos, tais efeitos negativos são potencializados e, naqueles em casas de longa permanência a incidência é elevada. Seguindo os princípios da Medicina de Família e Comunidade (MFC), cabe ao (a) médico (a)MFC a organização e centralização do cuidado ao idoso, de modo a evitar tais danos a pessoa. Objetivo: Relato da vivência de atividades voltadas ao ensino-aprendizagem em saúde do idoso, desenvolvidas em uma instituição de longa permanência, no município de Tiradentes, Minas Gerais, durante uma residência médica em MFC. Descrição: Por seis meses, dois residentes em MFC e sua preceptora, desempenharam ações em uma instituição de longa permanência para idosos. Neste local, após avaliação, foram observados idosos em uso de polifarmácias e em uso de medicações potencialmente inadequadas, com possíveis interações medicamentosas de risco. Seguiu-se ao longo do período, mudanças nas prescrições e orientações aos cuidadores quanto aos riscos do uso inapropriado de fármacos em população geriátrica. Discussão: De acordo com revisão bibliográfica dos últimos cincos anos (BVS e Pubmed), a experiência corrobora com a literatura sobre a prevalência de uso de medicamentos potencialmente inadequados em instituições de longa permanência. Em relação à prática de MFC, consideramos válida que a discussão para essa competência seja maior durante a residência. Conclusão: O uso de medicações potencialmente inadequadas em idosos ainda é um fator a ser considerado, especialmente em instituições de longa permanência, e a inserção de médicos nestes serviços requer maior capacitação e treinamento dos mesmos para que possíveis danos sejam evitados.