ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

Introdução: Segundo o INCA, espera-se uma incidência de 600 mil casos de câncer no Brasil em 2019. Logo, necessita-se ter profissionais da Atenção Básica (AB) capacitados para o acolhimento e atendimento de pacientes oncológicos e seus familiares, promovendo atenção integral, contínua e organizada a população. Objetivo: Capacitar os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) para atuarem na vigilância de comportamentos de risco e de sinais de alarme na Atenção Básica. Metodologia: Pesquisa transversal realizada mediante palestra com temas: Bases da Oncologia, Câncer de Colo de Útero, Mama e Próstata. Participaram 36 ACS, das Unidades Saúde da Família da Condor (n=11), Riacho Doce (n=8) e Terra Firme (n=17), em Belém do Pará. Resultados: Os ouvintes apresentavam média de 37.8 anos (DP=6.46), sendo majoritariamente do sexo feminino (75% / n=27), pardos (63.9% / n=23), solteiros (63.9% / n=23), naturais de Belém (69.5% / n=25) e do estado do Pará (91.7% / n=33). Quanto ao aspecto socioeconômico, são moradores de área urbana (83.3% / n=30), com renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos (75% / n=27) e ensino médio completo (52.8% / n=19). A metade (n=18) teve algum parente acometido com câncer, sendo o mais frequente o de útero (23.5% / n=4), seguido por estômago e próstata (17.6%; n=3); e os pais foram os familiares mais atingidos (29.4% / n=5). Ao fim da palestra, 94% (n=34) dos entrevistados consideraram receber informações novas. Enquanto, 80.6% (n=29) acreditam não ter faltado nenhum assunto a ser abordado; e ao avaliarem a palestra a média foi de 4.9 pontos (DP=0.3), em uma escala de satisfação de 0 a 5, sendo 5 o máximo de satisfação. Conclusão: Desenvolver capacitações aos ACS aprimora a AB, provocando mudanças no cotidiano dos serviços prestados. Igualmente, pode fomentar o capital intelectual dos profissionais, transformando-os em disseminadores de informações, beneficiando a comunidade local.