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Chelonia mydas é a espécie de tartaruga com maior registro de encalhes na Bacia Potiguar (RN/CE). As análises osteológicas em nadadeiras no Brasil são restritas, basicamente, aos estudos em úmeros. O objetivo deste trabalho foi realizar a análise morfológica em fêmur de tartarugas-verdes. A análise foi realizada em fêmures esquerdos de 30 C. mydas, depositados na coleção do Laboratório de Monitoramento de Biota Marinha – Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Os ossos foram obtidos de carcaças registradas em praias da Bacia Potiguar, entre Aquiraz/CE (03°49'20.9"S; 38°24'07.8"O) e Caiçara do Norte/RN (05°05'28.6"S; 36°17'37.9"O). Os ossos foram medidos com paquímetro digital para obtenção de dez medidas, sendo cinco propostas neste estudo. Os exemplares foram classificados de acordo com o comprimento curvilíneo do casco (CCC) em: juvenil (20,0 à 59,9 cm; n=10), subadulto (60,0 à 89,9 cm; n=10) e adulto (≥ 90 cm; n=10). O comprimento longitudinal dos fêmures variou entre 35,37mm e 175,53mm, com média de 92,60mm (±41,02), enquanto a distância entre a cabeça e o trocante maior variou de 14,10mm e 76,64mm, com média de 39,23mm (±17,57). As medidas obtidas tiveram forte correlação com o CCC e a largura curvilínea do casco (p<0,05), com exceção do diâmetro máximo da cabeça do fêmur. O teste de Kruskal-Wallis mostrou que as classes etárias podem ser distinguidas pelas variáveis estudadas (p<0,05). A análise do fêmur pode ser uma importante ferramenta para avaliação de tartarugas com as nadadeiras anteriores amputadas. Dados oriundos do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia Potiguar e Ceará (PMP-BP), Condicionante Ambiental do IBAMA para atividades de Exploração e Produção de petróleo de gás da PETROBRAS, executado pela UERN/FGD. Uso autorizado pelo CEDOC/CGPEG/DILIC/IBAMA, mediante solicitação em setembro/2016.