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Desenvolvimento larval de Physalaemus cuvieri (Fitzinger 1826) em condições laboratoriais

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A criação de girinos em laboratório é de grande importância, pois possibilita diferencia-los por espécies e por estágios de desenvolvimento. Baseado nisso, o presente trabalho teve como objetivo observar e analisar o desenvolvimento de girinos da espécie Physalaemus cuvieri (Fitzinger 1826) em um sistema de circuito fechado. As desovas foram coletadas na cidade de Floriano na Universidade Federal do Piauí, Campus Amilcar Ferreira Sobral no dia 02/01/2017 e inseridas no aquário. Observações diárias foram efetuadas para acompanhamento do desenvolvimento dos girinos, com temperatura e umidade controlada em ambiente fechado, ao longo do desenvolvimento foram descritos os estágios 25, 37,42 e 45. O sistema de circuito fechado foi formado por duas baterias com quatro aquários, que funcionam com o auxilio de duas bombas e um sistema de filtragem que distribui a água. Nos indivíduos do estágio 25 foi possível observar o movimento caudal sem a presença de membros, devido ser bem pequenos de aproximadamente seis mm, também já é possível observar movimentos labiais e formação do espiráculo do lado esquerdo sendo curto e fundido ao corpo; no estágio 37 observamos o aparecimento dos dedos nos membros posteriores sendo que a sua movimentação concilia o batimento caudal com os membros traseiros; a emersão dos lábios é identificada no estágio 42 onde a boca é localizada na região anterior do rostro e os membros anteriores e posteriores já estão bem desenvolvidos auxiliando o movimento caudal na locomoção do indivíduo, seguindo a emersão dos lábios, no estágio 45 podemos observar que a boca emerge da região ventral para a região mediana do rostro aumentando de tamanho e acontece a perda caudal resultando na locomoção através dos membros. Técnicas como essa, garantem melhor conhecimento zoológico sobre os estágios de girinos, sendo possível distinguir de forma mais clara o desenvolvimento da espécie.