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CRIODESIDRATAÇÃO DE Iguana iguana (Linnaeus, 1858) E O USO EM EXPOSIÇÃO ZOOLÓGICA

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A criodesidratação em animais é um processo de desidratação em condições de pressão e temperatura que consiste em preservar as peças com sua total integridade e forma anatômica. Esta técnica tem por finalidade conservar o exemplar por completo, servindo para estudos didáticos e científicos. Existe uma carência de informações sobre a espécie silvestre Iguana iguana (Linnaeus, 1858), répteis que vivem nas zonas tropicais das Américas e, no Brasil tem distribuição na região Amazônica, parte da região Centro-Oeste, Pantanal, e na Caatinga. Assim desenvolvemos uma técnica de criodesidratação associada a processos de lavagem química com a finalidade de preservar o espécime para utilização em aulas de zoologia e exposição itinerante. O objetivo da técnica é fazer com que a peça preservada não dependa dos conservantes usuais (álcool e formol), e possa ser manipulado não oferecendo toxicidade no manuseio. As peças foram previamente fixadas em formol a 10% e submetidas a uma temperatura de -2ºC em freezer por setenta e duas horas e depois postas em temperatura ambiente por vinte e quatro horas para ocorrer o degelo na proporção para cada 1kg/24 horas de congelamento, posteriormente o indivíduo é desidratado com acetona por 24 horas, álcool e éter por 48 horas, sendo injetados individualmente até sua saturação e sua desidratação integral. Na utilização desta técnica foram preparadas duas iguanas, sendo uma integral e próxima a sua condição natural e a outra sem a derme com destaque para a musculatura, sendo que a técnica não variou para os dois tratamentos. Esta técnica requer manutenção periódica para evitar infestação de fungos ou qualquer tipo de microrganismos, sendo necessária a utilização de agentes fungicidas e bactericidas. O ponto de maior relevância é o fato da peça poder ser manuseada sem risco de intoxicação o que permite melhor entendimento para os visitantes da exposição itinerante.