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A unicidade e a importância de coleções zoológicas científicas são inquestionáveis atualmente. Seus acervos servem de base de dados para pesquisas de diversas áreas e podem conter informações que não são mais disponíveis em campo, ou que só são úteis quando estão ordenadas e agrupadas de maneira específica. A ZUFMS foi instituída em 1991 e seus registros hepetofaunísticos mais antigos datam de 1982. Atualmente o acervo é composto de 7525 espécimes de anfíbios e 2043 de répteis. Os anfíbios são oriundos de 12 estados brasileiros, sendo a maioria dos registros procedentes de Mato Grosso do Sul (76%) e São Paulo (18%). A região do Pantanal possui maior abundância de material (58% do acervo, abrangendo 59 espécies), seguida pelo Cerrado (27%) e Mata Atlântica (20%). No total, 14 famílias, 50 gêneros e 125 espécies de anuros são representadas. Os registros de répteis são oriundos de 10 estados brasileiros, com Mato Grosso do Sul sendo responsável por 90% dos registros. Novamente o Pantanal é a região mais representada (67% do acervo total, 101 espécies), seguido pelo Cerrado (26%) e Mata Atlântica (7%). O acervo de répteis é composto de pelo menos 140 espécies distribuídas em 24 famílias (13 de lagartos, 8 de serpentes, e as demais são famílias de jacarés, quelônios e anfisbenas) e 74 gêneros (40 de serpentes, 28 de lagartos, 2 de anfisbenas, 2 de quelônios de 2 de jacarés), destacando-se um parátipo de Helicops nentur. A ZUFMS atualmente é uma importante coleção de referência da fauna brasileira, contribuindo consideravelmente para o preenchimento de lacunas de conhecimento sobre as distintas ecorregiões do país.