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UM OLHAR SOBRE PRODUÇÃO/CONSUMO DE CONTEÚDOS AUDIOVISUAIS TRADICIONAIS COM FOCO NAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

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Historicamente a televisão consolidou-se como um meio de transmissão em massa cujo produto principal dos conteúdos audiovisuais são os vídeos lineares. No Brasil, essa afirmação pode ser facilmente verificada por uma pessoa que tenha acesso a TV aberta, seja ela interativa ou não. Em 2010, o cenário nacional contabilizava 95% de aparelhos de televisão (TV) e havia 18,8% de aproximadamente 190 milhões de brasileiros que se declararam deficientes visuais. Atualmente, estima-se que há mais de 205 milhões de brasileiros e que houve um aumento na porcentagem de aparelhos de TVs. Ainda assim, a existência do vídeo linear prevalece quanto mídia principal, contudo será que seu conteúdo é pensado para ser livremente acessado por todos ou privilegia uma maioria de brasileiros? Neste trabalho, foi realizado um experimento com pessoas cegas, não-cegas (videntes) e de baixa visão para verificar se tais vídeos são acessíveis para pessoas com deficiência (PCD) visual. Para isso, foram selecionados conteúdos audiovisuais classificados em diferentes categorias e, em seguida, os participantes responderam a um questionário correspondente ao conteúdo apresentado. Os resultados indicam que a produção atual de vídeos lineares podem não ser completamente acessíveis para todos. Adicionalmente, os resultados indicam que as habilidades adquiridas pela PCD visual não influenciam decisivamente na compreensão de conteúdos audiovisuais.