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Estilos de vida e sexualidade de mulheres consideradas deficientes a partir do modelo social

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Este trabalho investiga os desafios presentes na trajetória de mulheres consideradas deficientes intelectuais, que se encontravam vinculadas a uma instituição não-governamental, destinada a pessoas com deficiência intelectual, e localizada em uma cidade do interior de Minas Gerais (Brasil). A construção da pesquisa se referenciou no modelo social de deficiência (Diniz, 2007), que considera a deficiência como um estilo de vida, e à perspectiva feminista, que argumenta estar esse grupo em desvantagem por questões de gênero e deficiência (Diniz, 2007; Melo; Nuernberg, 2012). A pesquisa de campo foi desenvolvida na instituição citada entre os anos de 2013 e 2014, na modalidade de Iniciação Científica, tendo como estratégia metodológica a realização de levantamento bibliográfico sobre o tema e a implementação de procedimentos metodológicos como a observação participante e a realização de entrevistas. As observações foram registradas e as entrevistas gravadas e transcritas para análise. A partir das observações na instituição, selecionamos seis mulheres para participarem das entrevistas. Com esta pesquisa, buscou-se investigar os mecanismos de segregação e de opressão dirigidos a essas mulheres, a partir de suas visões, constatando-se, dentre outros aspectos, que o grupo investigado encontrava-se à margem de processos essenciais para a experimentação de uma vida plena em sociedade.