Ainda que muitas pessoas dentro do Espectro do Autismo (TEA) tenham recursos executivos e cognitivos para participar do universo científico e laboral, a presença de estudantes com TEA na universidade é tema pouco estudado. O presente estudo tem como objetivo apresentar a experiência piloto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para acompanhamento e inclusão deste público, realizado por meio de designação de mediadores nos cursos de origem dos estudantes autistas. Esses mediadores recebem treinamento por uma equipe do Departamento de Psicologia. Foram realizadas cinco capacitações, sendo quatro para alunos de um mesmo curso, da área de ciências exatas, e uma para aluno de curso de outro campo do conhecimento. Descrevemos, ainda, nesta oportunidade, a experiência do acompanhamento, deste aluno de outro curso por uma estudante de Psicologia. Observamos que um ponto central para a capacitação é a sensibilização dos mediadores, de modo a quebrar o estigma que envolve o TEA. Outro ponto importante é a realização de intervenções junto ao corpo docente.