No Brasil a avaliação é um tema bastante controvertido em Educação Especial. Até a década de 90, ela foi utilizada, principalmente, para identificar o alunado para encaminhamento aos serviços segregados. Com a mudança na política de educação especial na perspectiva da educação inclusiva, o lócus preferencial de escolarização passou a ser a escolar comum, e a questão da avaliação em Educação Especial assumiu diferentes contornos, envolvendo a função de identificação dos alunos, subsidiar os planejamentos de ensino individualizado e mensurar a aprendizagem dos alunos. Essas complexas funções trazem razoáveis desafios para os profissionais da escola e o objetivo do presente estudo consistiu em descrever, comparar e analisar como os municípios brasileiros fazem avaliação do público alvo da Educação Especial (PAEE) matriculados em escolas comuns. Neste trabalho pretende-se compilar os resultados baseados em entrevistas com grupos focais compostos por professores especializados e gestores de 58 municípios de 16 estados brasileiros. A pesquisa foi baseada no método de pesquisa colaborativa, realizada através de entrevistas, análises e reflexões com grupos de professores especializados e gestores municipais e estaduais. Os resultados descrevem os processos de avaliação por identificação, planejamento do ensino, da aprendizagem e sobre a participação de alunos do público alvo da Educação Especial em avaliações nacionais de larga escala. Vários desafios são identificados para aperfeiçoar as práticas de avaliação desse alunado na escola comum.