Poucos alunos com AH/SD são identificados anualmente no Brasil e ainda mais problemático é o oferecimento de atividades complementares a tal público a partir de áreas de seu interesse. Por isto, atendendo à solicitação de alunos previamente identificados e confirmados com tal característica, um programa extracurricular de língua inglesa foi elaborado. Seis alunos sem AH/SD também foram convidados a ingressar no programa, totalizando 12 participantes. O trabalho foi realizado em 2015 como parte de um projeto de mestrado e este artigo apresenta um recorte dos resultados obtidos: a visão de participantes e responsáveis por meio de respostas a questionários, objetivando-se descrever o programa de língua estrangeira citado – que também focou em desenvolver cooperação, criatividade e a realidade dos participantes com base em autores como Renzulli e Stein – e avaliar sua aplicabilidade por meio de uma análise quanti e qualitativa das respostas. Como resultado, obteve-se que 70,83% dos participantes e 60,6% dos responsáveis consideraram o projeto excelente. Destaca-se, ainda, que foram despertados o interesse e a curiosidade de alunos desde o segundo ano, favorecendo a aprendizagem da língua estrangeira devido à idade precoce dos participantes, com grande parte das crianças apontando querer continuar aprendendo mais, especialmente a falar em inglês, e os responsáveis ressaltando a importância do oferecimento de projetos gratuitos como este em que se aprende de maneira divertida.