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A barreira atitudinal se constitui num dos maiores entraves à acessibilidade dos estudantes público alvo da educação especial no ensino superior. Tal tema é relevante frente a necessidade das instituições se adequarem aos direitos educacionais de grupos culturalmente excluídos como as pessoas com cegueira. Este artigo consiste num relato de experiência das atividades desenvolvidas no projeto de extensão "Outros Olhos", realizado pelo Núcleo de Acessibilidade da Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM com alunos do curso de História, com o intuito de sensibilizar a comunidade acadêmica quanto as dificuldades vivenciadas pelos estudantes cegos. O projeto surgiu da percepção de que o desconhecimento de como agir com a pessoa com deficiência visual gera algumas dificuldades no âmbito acadêmico para os alunos cegos e também, da reflexão de que a convivência, a aproximação com estas pessoas pode levar a mudança de concepções. Assim, oportunizar a vivência da alteridade no contato com a pessoa cega, proporcionou aos acadêmicos o pensar e discutir a inclusão e desmitificar pensamentos preconcebidos sobre a cegueira, colaborando efetivamente para a existência da acessibilidade atitudinal no âmbito universitário.

Palavras-chave: Acessibilidade atitudinal; Estudante cego; Ensino superior