Desde os anos 1990, a política educacional brasileira tem como meta a universalização do ensino, programas e projetos são desenvolvidos para esse fim. Dentre as diversas ações, o município de Maceió busca garantir à matrícula e permanência dos estudantes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e altas habilidades/superdotação nas escolas. Esse artigo analisa como se deu a implantação, organização e expansão da Educação Especial no município de Maceió. A análise, decorrente de fontes documentais e de entrevistas semiestruturadas com gestores do Departamento de Educação Especial (DEE) da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), mostrou diferentes movimentos no município para desenvolver ações que subsidiam o acesso e permanecia dos estudantes do público alvo da Educação Especial nas salas de aula comuns, pela via da implantação das Classes Especiais, Salas de Recursos ou Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), pela formação continuada e de agentes da inclusão escolar junto às escolas municipais. Considerando que as lutas na Educação Especial do município de Maceió visaram a implantação de um sistema educacional inclusivo, o desafio proposto consiste na mudança de concepções e práticas do ambiente escolar.