O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM 5 define o Transtorno do Espectro Autista (TEA) como déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, incluindo déficits na reciprocidade social, em comportamentos não verbais de comunicação usados para interação social e em habilidades para desenvolver, manter e compreender relacionamentos e padrões restritos e repetitivos de comportamento e interesses (APA, 2014). O presente artigo propõe-se avaliar sistematicamente a literatura científica disponível, através de artigos publicados no período de 2005 a 2015, em bases de dados indexados, com o objetivo de identificar como se dá a sexualidade dos jovens diagnosticados com TEA e a relação dos pais perante tal questão, já que, segundo a Organização Mundial de Saúde (2002), a sexualidade é definida como um aspecto central do ser humano presente ao longo da vida, incluindo o sexo, gênero, identidades e papéis, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução (OMS, 2002). Constatou-se que no período de 10 anos foram publicados apenas 12 artigos relacionados com o tema “A abordagem de pais sobre a sexualidade de seus filhos com Transtornos do Espectro do Autismo”. Foi possível perceber que existe um grande território a ser explorado sobre indivíduos com TEA e sua sexualidade uma vez que foi constatada uma escassez de pesquisas publicadas referentes ao assunto, o que pode dificultar na prática dos profissionais e familiares em relação à educação e ao manejo de comportamentos sexuais apresentados pelos indivíduos com TEA.