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A questão da deficiência nos tempos atuais representa desafios que vão além da inclusão, pois perpassa pela situação da pessoa com deficiência no seu meio social e pelo próprio olhar da pessoa com deficiência em relação a sua condição. O que se julga essencial neste contexto é como a pessoa com deficiência adquirida ou congênita enfrenta esta questão e por fim como se dá a autoaceitação, pois a partir deste histórico é que resultará nos mecanismos utilizados no processo de convívio em sociedade, uma vez que estudos têm demonstrado que o preconceito é algo ainda a ser enfrentado pelas pessoas com deficiências.
Desta forma, este estudo teve como objetivos verificar como ocorre o enfrentamento e o processo de autoaceitação, analisando como a pessoa com deficiência se vê e em face de outros indivíduos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e o instrumento utilizado foi roteiro de entrevista semiestruturado.
A pesquisa inicialmente contou com 20 participantes, sendo: cinco pessoas com deficiência física adquirida e cinco com deficiência física congênita; cinco pessoas com deficiência visual adquirida e cinco com deficiência visual congênita, contudo apenas 16 sujeitos se propuseram a participar, com especificidades físicas e visuais, congênita e adquirida. O estudo ocorreu em duas cidades do interior paulista onde os participantes residem, sendo dividido em três etapas: entrevistas, transcrição e análise dos dados. Este estudo pode contribuir para verificar como os estímulos do meio (família, amigos, sociedade e mídia) têm contribuído ou não para o processo de enfrentamento da deficiência levando à autoaceitação.