O paradigma da inclusão escolar, iniciado em meados da década de 1990, pressupõe uma escola em que todos os alunos estudem juntos na classe regular, que tenham suas necessidades e habilidades reconhecidas não só pelos professores, mas também por toda instituição.
Deste modo, as oportunidades educacionais têm que ser adequadas e os desafios devem ser coerentes com as possibilidades de cada aluno. Nesse sentido, investigamos uma aluna com Deficiência Intelectual, através de uma pesquisa de cunho qualitativo, com base no método de Estudo de Caso, visando apresentar as características da referida aluna, da instituição, analisar e discutir, questões relativas ao Atendimento Educacional Especializado ministrado na Sala de Recurso Multifuncional, refletindo o processo pedagógico fornecido pela instituição. Para construção de dados utilizamos a observação sistematizada em situações de aprendizagem em Sala de Aula Regular e Sala de Recursos Multifuncionais e entrevistamos as professoras responsáveis por tais atendimentos.
Percebemos que o Atendimento Educacional Especializado se mostrou eficaz no sentido de desenvolver habilidades na aluna, porém, a professora responsável tem encontrado dificuldade em se articular com a docente da sala de aula regular. A realização da pesquisa nos fez pensar que a realidade em nossa rede pública ainda precisa de mudanças para efetivar a proposta do ensino inclusivo, embora os primeiros passos já tenham sido dados.