A presente pesquisa apresenta um panorama parcial da escolarização de alunos com deficiência intelectual de uma escola da rede municipal de Duque de Caxias/RJ e busca uma proposta que atenda ao compromisso de educabilidade desses sujeitos, através de um processo de colaboração entre os professores da classe regular, AEE, equipe técnico-pedagógica e gestores.
Sabemos que as escolas, como espaços privilegiados, não só de saberes objetivos, mas acima de tudo, fundamentalmente responsáveis pela formação da subjetividade do ser humano, precisam rever suas práticas, especificamente quando se trata da postura frente aos alunos com necessidades educacionais especiais. O foco desse estudo é o processo de ensino e aprendizagem a partir do referencial sócio-histórico-cultural de Vygotsky.
A metodologia para o desenvolvimento do trabalho sugerido é a pesquisa-ação, com ênfase na observação participante e envolveu duas professoras e dois alunos, estes últimos, com deficiência intelectual. Em síntese, os resultados evidenciaram, de forma avassaladora, a precariedade do trabalho ofertado aos alunos com D.I, com redução drástica de conteúdos, além da descontinuidade nas atividades pedagógicas.
A falta de espaço físico, apoio material e formação profissional adequada e continuada, são queixas constantes dos professores, que se declaram incapacitados para oferecer um trabalho de qualidade aos alunos incluídos. Um novo modelo de prática que integre classes regulares e Sala de Recursos com intenções bem definidas e planejadas vai ao encontro dos anseios dos docentes e a efetiva e tão buscada, inclusão.