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EntrarIntrodução: O interesse pelas isoflavonas da soja tem aumentado em função de suas diversas propriedades antioxidante, antibacteriana, antimutagênica e anticarcinogênica. Porém, os teores e a composição destas nos alimentos variam acentuadamente. Essas diferenças podem resultar de variabilidade na formulação, de alterações induzidas pela matéria-prima e dos métodos de processamento. Objetivo: Portanto, buscou-se avaliar o impacto do pré-tratamento industrial sobre o conteúdo e perfil das isoflavonas das classes agliconas (daidzeína e genisteína) e seus glicosídeos conjugados (daidzina e genistina) das matérias-primas soja quebrada (SQ), soja laminada (SL) e massa expandida de soja (SME) advindas do processamento industrial. Metodologia: Foram adicionados a 1 g de matéria-prima, 20 mL de solução metanólica (proporção mássica metanol:água de 80:20). As misturas foram vigorosamente agitadas durante 2 horas, em temperatura ambiente e, após, os extratos foram separados e centrifugados (1600 x g, por 15 minutos). O sobrenadante foi filtrado e, em seguida, dessolventizado com o auxílio de um rotaevaporador (pressão absoluta de 600 mmHg e a 30 °C). Este mesmo procedimento foi repetido por mais quatro vezes, partindo-se do material sólido, totalizando cinco estágios de extração. As etapas de identificação e quantificação (padronização externa) das isoflavonas extraídas foram realizadas em cromatógrafo líquido de alta eficiência. Um detector de arranjo de fotodiodos monitorou a absorbância em 254 nm. Resultados: Observou-se que as agliconas foram extraídas majoritariamente em dois estágios. Já para as formas β-glicosídeos, o processo de produção da SME permitiu extração total no segundo estágio, enquanto para a SQ e SL, esta foi realizada apenas a partir do terceiro estágio. Em adição, verificou-se que o pré-tratamento da matéria-prima levou à redução significativa (teste de Duncan, p≤0,05) dos teores de daidzina (17 e 27% para SL e SME, respectivamente) e genistina (29% para SL e 38% para SME), enquanto os teores das formas agliconas permaneceram praticamente constantes (aproximadamente 4500 e 1000 µg daidzeína e genisteína, respectivamente, por g de soja). Conclusão: Pode-se inferir que, além de o mecanismo de extração das isoflavonas estar associado à afinidade destes compostos pelo solvente, o processamento industrial da matéria-prima influenciou negativamente os teores obtidos para as suas diferentes formas.
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