Anais do Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos

O cerrado brasileiro possui uma grande diversidade em sua flora. Ele é conhecido por sua variedade de cores, sabores distintos, aromas e pelas propriedades nutricionais e compostos bioativos presentes nos frutos. A atividade antioxidante presente nas frutas estão associadas a redução de doenças crônicas associadas ao estresse oxidativo. A Eugenia dysenterica DC., popularmente conhecida como cagaita é um fruto nativo do cerrado que apresenta tais características e propriedades, sendo relevante realizar estudos para ampliar o conhecimento sobre a mesma e contribuir para pesquisas futuras. Sendo assim, esse estudo teve como objetivo quantificar a capacidade antioxidante e os compostos bioativos presentes em extratos hidrofílicos e lipofílicos de polpa de cagaita. O extrato hidrofílico foi preparado com metanol, água e ácido fórmico, em seguida a amostra foi levada ao ultrassom por 15 min, logo após, filtrada e coletada em um balão volumétrico. O extrato lipofílico foi preparado com acetona, em seguida levado ao ultrassom, posteriormente, o resíduo foi filtrado, realizada uma partição com éter de petróleo e o extrato etéreo foi coletado para análise. Foi realizada a análise de capacidade antioxidante pelo método de ABTS [2,2'-azinobis- (ácido 3-etil-benzotiazolina-6-sulfônico)] e a determinação de compostos fenólicos totais pelo método de Folin. Para carotenoides, o resultado obtido foi de 800,56±22,40 μg/100g, para compostos fenólicos totais – 100,71±0,012 mg/100g e para capacidade antioxidante - 21,73±0,92 µmol Trolox/100g. Assim, a cagaita apresenta em seu extrato compostos bioativos e significativo resultado para capacidade antioxidante.