Anais do VI Congresso Brasileiro de Carvão Mineral

Os erros de amostragem impactam nos processos de garantia e controle de qualidade dos produtos, por isso, é tão importante a sua correta quantificação e identificação de suas fontes. Na mineração, podemos aplicar a teoria de Gy para determinar os erros relativos às reduções de massas das amostras frente as dos lotes e seus respectivos tamanhos nominais de partícula. Neste trabalho, foi aplicado um teste de heterogeneidade para calibrar a fórmula de Gy, o qual forneceu os HILs (Heterogeneidade Intrínseca dos Lotes) dos teores de cinzas do carvão. As amostras foram provenientes de uma única camada de carvão, a partir de testemunhos de sondagem distribuídos por todo depósito. Em seguida, foram gerados nomogramas dos protocolos propostos: “não otimizado” e “otimizado”. Aplicando o novo protocolo amostral, obtiveram-se um número significativo de duplicatas, o que permitiu o cálculo da variância relativa global ou erro de preparação para todo depósito. Este valor foi considerado como uma constante e traçado como uma linha de topo ou de "referência" dos nomogramas (variância global máxima admissível). Realizou-se a modelagem do variograma relativo dos teores de cinzas do depósito. Com base no efeito pepita, determinou-se a contribuição do erro de protocolo de preparação com respeito à heterogeneidade do depósito e outros erros decorrentes deste, tais como o de extração e delimitação ou baixa recuperação. O protocolo otimizado provocou uma redução significativa no efeito pepita, o que vai melhorar o processo de reconciliação.