AVALIAÇÃO DO POTENCIAL CORROSIVO ATMOSFÉRICO DO CARVÃO MINERAL DE CANDIOTA-RS

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Pôster
  • Eixo temático: Meio Ambiente
  • Palavras chaves: corrosão; Carvão mineral; Mina de Candiota; Aço carbono;
  • 1 Universidade Federal do Pampa

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Resumo

As partículas sólidas atmosféricas, sob a forma de poeiras, podem influenciar na corrosividade do meio. Verifica-se que a deposição de materiais não-metálicos, como sílica, que embora não atacando diretamente o material metálico, cria condições de aeração diferencial, ocorrendo um ataque localizado abaixo do depósito de produtos de corrosão. O carvão, apesar de ser um material inerte em relação a um metal, pode influenciar o processo corrosivo. A literatura indica que partículas de carvão podem adsorver os gases provenientes da atmosfera, que reagem com a umidade do ar formando compostos corrosivos, os quais permanecendo em contato direto com o metal aceleram sua degradação. Neste trabalho uma amostra de carvão mineral de Candiota-RS foi avaliada laboratorialmente quanto ao seu potencial influenciador da corrosão de materiais metálicos. Para o ensaio laboratorial foram procedidas análises de exposição direta de amostras (em duplicata) de aço carbono API 5L Grau B (comumente empregado na construção de tubulações, tanques de armazenamento, caldeiras e trocadores de calor, por ser um material de elevada resistência mecânica) enterradas em carvão mineral de Candiota. As amostras de aço foram preparadas por corte e lixamento em lixas de carbeto de silício até granulometria #2000, e mantidas em contato direto com o carvão durante 6 meses. Após o período de exposição, as amostras metálicas foram qualitativamente avaliadas por microscopia óptica, em microscópio metalúrgico com sistema acoplado de aquisição eletrônica de imagens; e quantitativamente, o processo foi avaliado por gravimetria. Os resultados da análise por microscopia demonstram a simples deposição das partículas de carvão na superfície metálica ou a formação de pequenas manchas, sem a promoção de ataques corrosivos que fossem possíveis de serem detectados. Por gravimetria não foi constatada a variação da massa das amostras metálicas com o tempo de exposição no carvão, a uma precisão de 10-4 g. Portanto, o carvão mineral de Candiota não apresentou caráter corrosivo ao aço carbono, por exposição direta, laboratorial, durante 6 meses de exposição. Acredita-se que a ação corrosiva deste carvão mineral não seja elevada, ou relevante, pois em casos reportados pela literatura de típicos ataques corrosivos atmosféricos por aeração diferencial, 30 dias de exposição já seriam suficientes para que o processo se instaurasse ou nucleasse sobre a estrutura metálica.

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