14339

CLASSIFICAÇÃO DA MADEIRA DE PARICÁ POR MEIO DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS

Favoritar este trabalho

O plantio de espécies nativas vem se apresentando como uma excelente alternativa de produção e comercialização de madeira nos últimos vinte anos, na região Amazônica. Dentre as diversas espécies plantadas, o paricá (Schizolobium amazonicum Huber ex. Ducke) encontra-se entre as pioneiras. O objetivo desse trabalho é estimar o Módulo de Elasticidade (MOE) de madeiras de paricá com diferentes idades de crescimento, por meio de ensaios destrutivos e não destrutivos, visando a sua utilização em estruturas de madeira. Para a caracterização por testes não destrutivos, foram realizados leituras da velocidade de propagação de ondas ultrassônicas, através do equipamento Sylvatest® de frequência de 30 kHz. Para a determinação dos valores de MOE destrutivo foi utilizada a NBR 7190/07 que recomenda o uso de testes de compressão paralela às fibras como quesito para a classificação. Observou-se que tanto pelo método destrutivo como pelo método não destrutivo, a madeira de paricá foi classificada como de uso estrutural. Observa-se que pela NBR 7190/97 a espécie é classificada como pertencente à classe C-20 de resistência, já pela NBR 15.521/2007 o paricá foi classificado em média como C-30. Para que os valores estimados por ultrassom sejam mais próximos dos valores de ensaio destrutivo, sugere-se a substituição da constante na equação para a determinação da velocidade das ondas ultrassônicas com valor igual de 2.690 para leituras realizadas na superfície, e de 2.900 para leituras feitas no topo. Através dos dados obtidos, salienta-se a possibilidade de utilização do ultrassom como ferramenta de classificação.