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ESTUDOS DE PREVENÇÃO VOLTADOS AOS ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

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Nas últimas décadas, os alunos com deficiência conquistaram o direito de frequentar as escolas comuns, neste contexto há interação com os demais estudantes, portanto, surgiu a necessidade de conhecer se estudantes com deficiência são contemplados nos estudos de prevenção desenvolvidos em escolas. Assim, este estudo de revisão integrativa se propõe a analisar os estudos de prevenção realizados cujo público-alvo contenha os estudantes com deficiência, efetivado na educação básica. Foi realizada a busca de estudos relacionados à temática, dos últimos cinco anos, ou seja, de abril de 2013 a abril de 2018, indexados nas bases de dados ERIC e PEPSIC, que direcionou a busca para as bases SCIELO e LILAC, em português, inglês e espanhol. Os descritores pesquisados nas bases de dados foram os termos: deficiência, prevenção e escola. Como resultados desta busca e após aplicados os critérios de exclusão, foram encontrados 47 artigos científicos. A nacionalidade dos estudos encontrados foram onze americanos, cinco estudos brasileiros, um australiano, dois sul africanos, um sueco e um espanhol, nos resumos restantes, não foi possível identificar a nacionalidade. Foram analisados os títulos, resumos e palavras-chave dos estudos encontrados e como resultado foram levantadas as seguintes categorias temáticas: A) Descrição de programas de prevenção, estudos de avaliação, voltados ao bullying e violência escolar, prevenção ao abandono escolar, prevenção ao abuso, maus-tratos e violência, aprendizagem socioemocional, desempenho escolar, uso de substâncias, ansiedade social e depressão, vitimização entre pares, prevenção da AIDS. B) Descrição de intervenções e estratégias bem sucedidas baseadas em pesquisas, que não descrevem necessariamente um programa preventivo, voltadas ao abandono escolar, melhorar o clima e a disciplina escolar, sustentabilidade, saúde mental, autolesão não suicida e suicídio entre alunos não heterossexuais e com incapacidade, obesidade em crianças com e sem deficiência, dificuldade de leitura e escrita de estudantes com deficiência, elaboração de estratégias de controle e prevenção de causas evitáveis de cegueira e a participação de pessoas com deficiência na educação física. C) Projetar modelos de prevenção abrangentes e integrado nos três níveis. D) Abandono escolar e criminalização. E) Capacidade de melhorar as habilidades de segurança e autopromoção em alunos com deficiência. F) Manter as crianças seguras e oferecer apoio fora da escola e G) Interpretação da surdez somente como uma diferença comunicativa. Considerações finais: estudos de prevenção abordam temáticas relevantes para a área escolar e há necessidade de ampliar estes estudos em âmbito nacional, voltados a área escolar e contemplando os estudantes com deficiência.