Sobre

O V Encontro Científico Nacional de Pesquisadores em Dança, realizado no ano de 2017, teve como sede o Departamento de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O tema do Encontro circunscreveu discussões a partir do entendimento “Do homo politicus ao homo oeconomicus: a dança no Brasil de hoje”. Uma indagação se impôs para alguns membros da associação: por que tratar de áreas do conhecimento que parecem se anunciar tão distintas, humanas e exatas, nos dias de hoje? Despertando interesse de parte considerável dos participantes, o que poderia soar como uma questão audaciosa e generalista – a de falar de dança no “Brasil de hoje” – manifestou-se como uma oportunidade de trazer à tona os vários Brasil’s, com peculiaridades regionais e locais nos modos de configuração das relações entre dança, política e economia. Nesta edição, a ANDA experimentou um formato diferente dos eventos anteriores ao introduzir um(a) pesquisador(a) convidado em cada um dos Comitês Temáticos (além do(a) coordenador(a)), como forma de potencializar e problematizar as pesquisas inscritas no evento. Foram eles: Profas. Dras. Adriana Gehres (UFPE), Christine Greiner (PUCSP), Ivana Barreto (UFRJ), Sandra Meyer (UDESC) e Thereza Rocha (UFC). Organizou-se, para os relatos dessas experiências, um encontro no último dia do evento, intitulado Mesa Redonda: “Panorama das Pesquisas em Dança”, cuja mediação foi da Profa. Dra. Teodora de Araujo Alves (UFRN). Também ocorreu o Fórum PIBID Dança: “A Dança na Escola: experiências e perspectivas no contexto PIBID Dança”, que contou com a coordenação da Profa. Dra. Karenine de Oliveira Porpino (UFRN). Como palestrante, a ANDA convidou o Prof. Dr. Vladimir Safatle (USP), que ministrou a conferência: “Maquinismo e expressão em Anne Teresa de Keersmaeker”.

V Encontro Científico Nacional de Pesquisadores em Dança:

Ementa – Na cena que está posta e atuante, o homo oeconomicus tenta se sobrepor ao homo politicus (Brown, 2015). Tal situação busca assegurar que o mundo se reduza a um conjunto de regulações que passam a operar como uma racionalidade normativa do viver (Dardot e Laval, 2015). Na dança, esse ambiente vem sendo consolidado por um roteiro implantado no país há 30 anos pelas Leis de Incentivo à Cultura. O fazer artístico da dança passou a ser coreografado por uma crescente economização das formas de vida. É tempo de nos darmos conta desse tipo de regulação jurídico-cultural e das dificuldades que ameaçam a continuidade e a autonomia, que administram desejos e crises, sobretudo na educação e na criação em dança. Impõe-se a urgência de produção de um pensamento crítico sobre tais fazeres.

dança
Gráficos

Trabalhos por eixo

Apoio
CAPES