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Se você NUNCA registrou um DOI no seu Lattes, veja nosso tutorial!Introdução: A lesão renal aguda (LRA) pode ser definida como perda súbita da função renal. A classificação Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) tem sido utilizada atualmente como padrão de referência para avaliação dos pacientes hospitalizados na identificação do comprometimento renal. Constata-se poucas evidências relacionadas à LRA no cenário da urgência e trauma, realidade que motivou o desenvolvimento do presente estudo. Objetivo: Identificar a incidência de LRA em pacientes vítimas de trauma. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, prospectivo, longitudinal, quantitativo. A amostra constituiu-se de 109 pacientes vítimas de trauma em regime de internação no pronto socorro de dois hospitais públicos de grande porte do Distrito Federal. Os dados foram obtidos por meio de questionário estruturado, aplicado diariamente durante 15 dias. A análise estatística foi realizada através do teste Chi-quadrado. Foram considerados significativos os resultados com p≤0,05. Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FEPECS sob o CAAE nº 38324314.0.0000.5553. Resultados: A maioria dos pacientes foi do sexo masculino 70 (64,2%), com idade de 51±18 anos. Predominou a raça branca 56 (51,4%) e entre as comorbidades predominou a hipertensão arterial 37 (33,9%). O tipo de trauma mais incidente foi o cranioencefálico (TCE) 31 (28,4%), seguido pelo de membros superiores e inferiores 12 (11%). O tempo de permanência hospitalar foi de 68 dias. Quase a metade dos pacientes (49,5%) evoluiu com disfunção renal, desse total 21,1% foi classificado no estágio de risco, 15,6% no estágio de lesão e 12,8% de falência renal (maior gravidade), segundo a classificação KDIGO. A maioria (73,4%) necessitou de droga vasoativa, principalmente a noradrenalina (61,5%). Identificou-se correlação entre LRA e a ocorrência de trauma (p=0,02). Discussão: Achados na literatura, assim como esse estudo mostraram predominância da LRA no sexo masculino. A sequência de eventos fisiológicos pós-trauma parece seguir um padrão conhecido, iniciando-se logo após a injúria traumática, seguido por um período de hipoperfusão tecidual, em que a terapia de estabilização respiratória e hemodinâmica são fundamentais. Nesse cenário o comprometimento renal tem se mostrado como importante complicação pós-trauma. Achado também identificado em 49,5% dos casos do presente estudo. O TCE se destacou em detrimento aos demais eventos traumáticos. Sabe-se que o mecanismo fisiológico do TCE apresenta uma série de processos catabólicos que acarretam em decréscimo da filtração glomerular e consequente LRA. Além disso, pacientes vítimas de TCE estão expostos a um maior número de complicações devido ao fato de que necessitam de maior suporte artificial ventilatório e tempo de internação, como observado neste estudo. Conclusão: Segundo a classificação KDIGO foi possível identificar que quase a metade dos pacientes vítimas de trauma hospitalizados em pronto socorro evoluem com LRA em estágio inicial ou seja, de menor gravidade.
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