I Seminário Internacional de Pesquisa em Saúde - II Simpósio de Pesquisa em Enfermagem do Distrito Federal.

Introdução: A violência institucional obstétrica está relacionada a qualquer ato ou intervenção a parturiente e a desconsideração a sua autonomia, ela é cometida pelas equipes de saúde, as parturientes se submetem a este tipo de violência por serem leigas sobre o processo fisiológico do parto, pelos profissionais de saúde não orientarem corretamente sobre como deveria ser a assistência no parto. As atrocidades as quais a mulher esta sujeita durante o parto, ocorrem em um momento de extrema fragilidade emocional, que é o nascimento de um filho, assim, um momento que deveria ser de felicidade, torna-se um evento traumático, causando impactos na saúde materna, sendo eles impactos físicos e emocionais. (SENA; TESER, 2017) Apesar de se tratar de uma temática recente, a violência obstétrica é um evento antigo, porém, muitas pessoas não consideram os maus tratos as mulheres durante o trabalho de parto um tipo de violência, e sim como procedimentos comuns e de rotina nos hospitais (AGUIAR, et. Al, 2013). Objetivo: Descrever os impactos na saúde da mulher após vivenciar a violência obstétrica. Metodologia: A presente pesquisa foi desenvolvida pelo método qualitativo, sendo classificada como uma revisão bibliográfica. Para a realização do levantamento bibliográfico foram utilizadas as seguintes plataformas: Scielo, Bireme, Lilacs, Proquest, Dossiês sobre a temática, manuais, leis, artigos científicos em revistas, livros, sites/blog, e por meio de monografias, teses e dissertações. Foram usados materiais com período de até 16 (dezesseis) anos, sendo utilizado 2 (dois) artigos em inglês e o restante do material todo em português disponível na integra e de forma gratuita, sendo usado artigos em português e inglês, estudos publicados entre 2002 a 2018, disponíveis na integra e de forma gratuita. Resultados: Os principais impactos ocasionados à parturiente pela violência obstétrica foram: A realização da manobra de Kristeller, o uso indiscriminado e sem reais indicações clinicas da ocitocina, a realização de cesáreas eletivas, a violência psicológica e a realização excessiva e sem necessidade clinica de episiotomia. Discussão: Nota-se que apesar de alguns desses atos considerados como violência obstétrica ocasionarem danos a saúde materna e alguns deles até fetal e o fato ser de conhecimento dos profissionais de saúde, muito deles continuam sendo utilizados apenas por comodidade dos profissionais ou pelos mesmos não realizarem um tratamento digno e respeitoso a parturiente neste momento tão delicado fisicamente e emocionalmente de sua vida. Conclusão: Após a realização da pesquisa sobre os impactos ocasionados na vida da mulher após vivenciar a violência obstétrica, nota-se que a realização de procedimentos invasivos e que infrinjam ou humilhem a mulher vem crescendo cada vez mais, mesmo havendo controvérsias em relação a estes atos. A violência obstétrica de fato a violência obstétrica de fato ocasiona in úmeras consequências e traumas na vida da mulher, os danos vão muito além do físico, ocasionando também danos psicológicos.