Prevalência do uso de álcool e tabaco por alunos de instituição pública de ensino superior

Vol1,2018 - 97115
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Resumo

INTRODUÇÃO: Á priori, é necessário explicitar que o presente estudo trata do uso de duas substâncias químicas que são conhecidas, comercializadas e legalizadas no Brasil, o álcool e o tabaco. Reconhecendo a amplitude de acesso às substâncias lícitas, as campanhas públicas de combate ao tabagismo e ao etilismo e a recorrente demanda científica por dados epidemiológicos atualizados para ações de promoção de saúde pública, os autores buscaram conhecer a magnitude do uso de álcool e tabaco por alunos do curso de Farmácia da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília – FS/UNB. Pesquisa submetida à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências da Saúde e aprovada sob o CAEE 75115617.0.0000.0030. OBJETIVO: Conhecer a magnitude do uso de álcool e tabaco por estudantes universitários do curso de Farmácia da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de centro único com base epidemiológica descritiva do tipo transversal, quantitativo, voltado para a identificação da prevalência uso de álcool e tabaco com todos os aspectos biopsicossociais que constituem o ser humano. A definição do ambiente deu-se pela relação dos pesquisadores, docente e discente, com a FS/UNB. A técnica de amostragem por conveniência foi o método de escolha para seleção dos indivíduos e organização destes de forma a promover a igualdade de acesso aos questionários, assim como liberdade para participação ou desistência, procurando-se evitar prejuízo moral/social ou juízo de valores por parte dos pesquisadores. Reconhecendo a natureza e o objetivo do estudo, a aplicação do Teste de Triagem do Envolvimento com Álcool, Tabaco e outras Substâncias - ASSIST foi determinada por sua validação científica e adaptação para o Brasil. Para a análise dos dados foi utilizado o software de domínio público: Epi Info™. RESULTADOS: Os alunos entrevistados abrangeram um total de n=146, apresentaram hábitos etilistas superiores aos hábitos tabagistas; 91,10% relataram consumo de álcool na vida contra 39,73% dos que consumiram produtos fumígenos. Os gastos mensais totais para álcool chegaram à R$ 6.923,00 contra apenas R$582,00 do tabaco. Nos últimos três meses, 40,41% confirmaram o consumo de até duas doses de bebida contra 21,92% que usaram algum produto fumígeno e apenas 1 apontou consumo diário para etilismo contra 6 de tabagismo. A prevalência do gênero feminino foi de 71,23% mulheres contra e 28,77% homens; a faixa etária variou dos 17 aos 63 anos sendo que há uma concentração no intervalo de 18-22 anos, adultos jovens, cerca de 80,13%. Quanto à naturalidade e a religiosidade, 62,07% são de Brasília – Distrito Federal e 43,45% dos indivíduos afirmaram ser de fé católica, 17,24% evangélicos, 6,90% espírita, 2,76% agnósticos, 24,83% declararam não possuir religião e 4,83% se declararam ateus. CONCLUSÃO: O consumo de psicoativos por alunos das ciências da saúde é, aparentemente, uma contradição aos ensinamentos adquiridos durante a graduação. Os resultados gerados pelo presente estudo apontam a necessidade da continuidade da investigação para grupos estudantis ainda maiores de forma a buscar-se o a caracterização e a magnitude da prevalência do uso. Esta poderá auxiliar na construção de indicadores epidemiológicos, a serem utilizados na implementação de ações de promoção, prevenção e controle em saúde,de forma a aprimorar e fortalecer cada vez mais medidas específicas com o intuito de auxiliar na redução das elevadas taxas de prevalências e os riscos biopsicossociais/econômicos atrelados aos costumes etilistas e tabagistas.

Instituições
  • 1 Universidade de Brasília
Eixo Temático
  • Referenciais teóricos-metodológicos para a pesquisa em enfermagem e saúde