O PERFIL DO ENFERMEIRO NO DISTRITO FEDERAL: FORMAÇÃO E MERCADO DE TRABALHO

Vol1,2018 - 97136
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Resumo

O perfil do profissional enfermeiro está em constante transformação. As necessidades da população, as demandas dos serviços e a formação contribuem para compor as características do profissional em determinado tempo e local. Hoje, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais empregadas nas Instituições de Ensino Superior preconizam o desenvolvimento de um egresso com habilidades de enfermeiro generalista e reflexivo. Assim como as oportunidades de emprego, e a constituição organizacional dos serviços de saúde impõem o caminho de formação para o profissional. Portanto conhecer as demandas, as características da formação e o perfil do enfermeiro predizem as mudanças necessárias pare construir uma profissão autônoma, condizente à realidade. Tais informações podem auxiliar estudantes na busca de qualificação e primeiro emprego. A transição entre a vida acadêmica e a inserção no mercado de trabalho traz vários desafios e escolhas. O objetivo deste estudo foi analisar dados sobre o perfil do enfermeiro quanto a formação e o mercado de trabalho em rede pública de saúde no Distrito Federal (DF). A metodologia empregada foi um estudo documental descritivo de caráter quantitativo de dados secundários, retirados de pesquisa disponibilizada na internet em site do COFEN. Tal pesquisa não necessita de aprovação da Comitê de Ética em Pesquisa. A amostra foi de 11.354 enfermeiros, correspondente á 81,2% total cadastrado no COREN-DF. Foram extraídas do banco de dados as seguintes informações: sexo, faixa etária, estado civil, raça, instituição formadora, tempo de formação, profissionais com curso técnico e ou auxiliar em enfermagem, enfermeiros com pós- graduação e outras especializações, dificuldades de arrumar emprego, além de atuação no mercado de trabalho, tempo de atuação, horas semanais trabalhadas, atividade e remuneração no setor público. Percebeu-se que a maioria dos profissionais continuam sendo do sexo feminino, apesar de haver um aumento de estudantes de enfermagem do sexo masculino. Quanto a idade, 61% dos profissionais estão entre 26 e 40 anos. No DF, 92% das Instituições de Ensino Superior (IES) com curso de enfermagem são de rede privada, o que reflete no perfil do enfermeiro local, 57% tiveram a formação em rede privada. No entanto, o fato de 38% dos profissionais terem formação em IES pública demonstra maior empregabilidade para tais egressos. O desemprego entre enfermeiros ficou em 6%, sendo destacado a falta de experiência como maior barreira para o mercado de trabalho. O setor de saúde pública emprega a maior parte dos enfermeiros do DF e 73% dos entrevistados referem ter pelo menos um curso de pós-graduação, sendo a especialização a mais realizada, demonstrando profissionais com alta qualificação. Dentre os profissionais do DF foi possível concluir que a maior parte da população profissional é jovem, do sexo feminino, a de instituições privadas, sendo que apresenta maior empregabilidade os formados em IES pública e trabalho em rede pública de saúde. Uma boa parte dos profissionais destacam dificuldades em encontrar emprego devido à falta de experiência, mesmo tendo alta qualificação profissional.

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