Favoritar este trabalho
Como citar esse trabalho?
Resumo

INTRODUÇÃO: A adolescência é um período de transformações biopsicossociais carregada de euforia, tristeza, agitação, desinteresse e rebeldia (KNOBEL, 1981). Segundo Santos (2006) grande parte das crianças e adolescentes encaminhados aos serviços de Saúde Mental apresentam problemas que podem estar associados ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), como falta de atenção, impulsividade e hiperatividade. Estima-se que 3% a 7% das crianças norte-americanas tenham esse transtorno (BARKLEY, 2008), sendo que o diagnóstico se baseia na história de vida, questionários e entrevista com pais, professores e o paciente, e a terapêutica se baseie em psicoterapia e psicofármacos, sendo o Metilfenidato a droga de primeira escolha. (SANTOS; VASCONCELOS, 2010) Segundo Monteiro et al. (2012), o enfermeiro como membro da equipe multidisciplinar tem participação direta no tratamento, sendo fundamental que possua conhecimento sobre as principais terapêuticas utilizadas. OBJETIVO: Verificar como tem sido realizado o manejo clínico de adolescentes com TDAH, especificamente quanto ao esquema terapêutico e intervenções de enfermagem descritas. METODOLOGIA: Realizou-se uma Revisão Integrativa da Literatura em Agosto de 2016, atualizada até Agosto de 2018, utilizando-se os descritores Transtorno do Déficit de Atenção, Tratamento, ADHD e Combined Modality Therapy nas Bases de Dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e PubMed. Os critérios de inclusão foram idiomas: inglês, espanhol ou português, estudos descritivos ou experimentais e que abordassem o tratamento de adolescentes com TDAH. RESULTADOS: Dos 123 estudos identificados na busca, 7 foram incluídos na amostra. Os estudos mostraram que o Metilfenidato continua sendo a droga de primeira escolha, preferencialmente aliado a Terapia Cognitiva Comportamental com Feedback Eletroencefalografia (EEG), e Psicoeducação, com bons resultados na redução do déficit de atenção e impulsividade. Nos estudos realizados com placebo, os grupos experimentais com Metilfenidato se mostraram superiores, desde que acompanhados de psicoterapia. Nenhum dos estudos fez referência a intervenções de enfermagem no atendimento multiprofissional, que esteve centrado no papel do psiquiatra infantil, psicólogo e assistente social. CONCLUSÃO: Nesta revisão o melhor resultado para o tratamento do TDAH foi a combinação de Metilfenidato com Terapia Cognitiva Comportamental. Foi possível identificar ainda que o tratamento com Feedback EEG pode potencializar a melhora clínica. A ausência de estudos produzidos por enfermeiros demonstra uma lacuna na produção de conhecimento pela enfermagem sobre a temática. É preciso que os enfermeiros sejam preparados desde a graduação para que tenham conhecimento adequado para lidar com esses pacientes, reconhecendo os sintomas do TDAH, identificando as melhores condutas a serem tomadas e tendo participação ativa na formulação de um plano terapêutico individualizado e efetivo. A presente revisão apresenta como limitações o número de bases de dados utilizadas, a restrição de idiomas português, inglês e espanhol, e a quantidade de artigos encontrados sobre o tema.

Instituições
  • 1 Universidade de Brasília
Eixo Temático
  • Referenciais teóricos-metodológicos para a pesquisa em enfermagem e saúde