Anales del Congreso ALAP
Anales del X Congreso ALAP

A evasão escolar é um dos mais alarmantes problemas do sistema educacional no Brasil tendo em vista o impacto que produz na dinâmica social. Entretanto, a evasão pode não ser permanente e os alunos evadidos podem, depois de um ano ou mais de afastamento, entrar novamente no sistema escolar. Nesse sentido, o objetivo deste estudo é lançar um olhar sobre a reentrada dos alunos no sistema escolar após certo período evadido através do estudo de uma coorte de alunos matriculados no ensino regular, sendo que este retorno se dá também no ensino regular. Assim, pretende-se responder a seguinte pergunta: em que medida características intrínsecas dos alunos e atributos escolares afetam a probabilidade de retornar à escola após certo período de afastamento? Para isso, serão aplicadas técnicas de análise de sobrevivência utilizando dados longitudinais construídos a partir das informações anuais do Censo da Educação Básica do período de 2007 a 2015. Como se trata de uma análise experimental, buscou-se fazer um recorte geográfico limitando o estudo apenas para o estado de Minas Gerais. Os resultados preliminares mostram que a probabilidade de retorno ao sistema escolar é muito grande após um ano de afastamento, o que sugere que os pais das crianças temem as sanções impostas pela lei caso a criança não esteja matriculada na escola; depois disso, essa probabilidade diminui na medida em que o aluno se afasta temporalmente do sistema escolar. Além disso, a probabilidade de retornarem ao sistema escolar é maior para os alunos que não apresentavam distorção idade-série no período que estavam matriculados antes da evasão do que aqueles que apresentavam distorção, corroborando com outros estudos que mostram que alunos que tiveram repetência no período anterior à evasão são menos inclinados à reentrada no sistema escolar.