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O avanço do processo de envelhecimento e o crescimento expressivo da mortalidade por quedas de idosos em curso em todo o país refletem conjuntamente as mudanças que ocorrem nos padrões demográficos e de saúde na população. Este trabalho tem por objetivo analisar os níveis, o perfil, as tendências e as diferenças espaciais da mortalidade associada às quedas em idosos e suas relações com o processo de envelhecimento no Brasil e unidades federativas no período de 2000 a 2019. São utilizados dados do Ministério da Saúde: Sistema de Informação sobre Mortalidade - MS-SIM para a mortalidade e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE para a população. As análises são feitas com a construção de indicadores demográficos e epidemiológicos, aplicação de métodos de análise de séries temporais, de classificação e representação cartográfica, visando analisar as tendências gerais e colocar em evidência os modelos de comportamentos diferenciais presentes no contexto brasileiro. As transformações da estrutura demográfica do Brasil são caracterizadas pela ampliação do segmento idoso que apresenta crescimento maior que o dos outros grupos etários, tendência que se acentuará nas próximas décadas. A população apresentou crescimento de 21,16% entre 2000 e 2019, enquanto que os idosos de 60 anos ou mais cresceram 104,38%. No conjunto heterogêneo formado pelo segmento idoso, ganha destaque o grupo dos idosos de 80 anos ou mais, com crescimento de 140,71% no período analisado. No que concerne às transformações epidemiológicas, registra-se a concentração crescente da incidência da mortalidade nas idades mais avançadas, as mortes de idosos de 60 anos ou mais, que já representavam 55,39% dos óbitos ocorridos no país em 2000, passaram para 68,95% em 2019. Na composição da mortalidade, feita a partir da Classificação Internacional das Doenças - CID-10, predominam causas que acometem particularmente os idosos dentre as quais as quedas, categoria integrante do Capítulo XX: Causas Externas de Morbidade e Mortalidade, destacam-se pelo aumento das ocorrências. O crescimento dos óbitos por quedas de idosos no período foi de 498,92 contra os 266,12% apresentados por toda a população. O grupo de 80 anos ou mais apresenta os maiores riscos de mortalidade por quedas, em decorrência da fragilidade biológica e cognitiva que cresce com o envelhecimento do organismo. O crescimento de óbitos por quedas deste segmento no período foi de 648,62%. As consequências das quedas na população, além do óbito, o efeito mais impactante, podem incluir longos períodos de hospitalização, sequelas, além de propiciarem o surgimento de outras doenças que levam a incapacidades e a outras causas de óbito. As tendências crescentes da morbimortalidade dessa categoria constituem um problema para as famílias e um desafio para toda a sociedade, confrontada com demandas sobre a ampliação do sistema de atendimento hospitalar, formação de pessoal qualificado para lidar com idosos, custos previdenciários, sociais e medicais crescentes, adequação das residências e da infraestrutura urbana, assim como a implementação de políticas públicas voltadas para ações de prevenção visando o controle de fatores de risco desta causa evitável.
Palavras-chave: Quedas de idosos; Envelhecimento populacional; Características sociodemográficas; Análise espaço-temporal.
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