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MICRORGANISMOS ISOLADOS DE HEMOCULTURAS DE PACIENTES DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: PREVALÊNCIA E PERFIL DE SENSIBILIDADE

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As Infecções da Corrente Sanguínea (ICS) estão entre as mais frequentes no âmbito hospitalar. Conhecer os microrganismos mais prevalentes e sua susceptibilidade aos antimicrobianos pode nortear com mais eficácia o tratamento, diminuindo o período de internação e as taxas de morbimortalidade. Demonstrar os patógenos mais frequentes e o perfil de sensibilidade frente aos antimicrobianos dos isolados de hemoculturas de pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto de um hospital ensino. Foi realizado um estudo retrospectivo transversal no período de Junho de 2011 a Maio de 2016, a partir do banco de dados do sistema automatizado BD-EpiCenter, utilizando os registros de hemoculturas e dos testes de sensibilidade dos microrganismos isolados no laboratório de análises clínicas de um hospital ensino. Durante o período analisado, foram coletadas 2.064 hemoculturas, dentre elas 301 (14,6%) foram positivas. Houve predominância de bactérias Gram positivas (62%), seguidas de bactérias Gram negativas (30%) e leveduras (8%). Os microrganismos identificados mais frequentes foram Staphylococcus epidermidis (20,6%), Staphylococcus aureus (12,6%), Acinetobacter baumannii (8,6%), Staphylococcus haemolyticus (8,3%), Staphylococcus hominis (8%) e Pseudomonas aeruginosa (6%). Para os estafilococos a sensibilidade à Oxacilina foi muito baixa de S. epidermidis e S. aureus, representando 1,6% e 42,1%, respectivamente. Em relação aos bacilos Gram negativos a sensibilidade aos carbapenêmicos foi de apenas 12,5% para Acinetobacter baumannii e 33,3% para Pseudomonas aeruginosa. A baixa porcentagem de sensibilidade à oxacilina em estafilococoos e baixa sensibilidade aos carbapenêmicos de Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa também são preocupantes devido a falta de opções terapêuticas para esse grupos de microrganismos. A presença considerável de leveduras sugere que maior atenção deva ser dada tanto ao diagnóstico como à terapêutica empírica destas infecções.