Anais do Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva
Anais do 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva

O SARS-CoV-2 está continuamente se adaptando e novas variantes estão emergindo em todo o Brasil. A detecção de novas variantes na cidade do Rio de Janeiro é esperada devido ao fluxo de viajantes e ao trabalho intenso da assistência à saúde, vigilância epidemiológica e laboratorial para identificação oportuna e adoção de medidas rápidas de prevenção, controle e cuidados à saúde.

Objetivos

Descrever a distribuição das variantes de atenção (VOC) detectadas em residentes do município do Rio de Janeiro (MRJ).

Metodologia

Estudo descritivo sobre os resultados da estratégia de vigilância genômica no MRJ. Foi apresentada a distribuição dos genomas detectados pela estratégia de vigilância genômica em residentes do MRJ ao longo da pandemia de COVID-19.

Resultados

Entre janeiro/2021 a 01/06/2022, foram sequenciados 2782 genomas de VOC em residentes do MRJ. No total, 45 linhagens foram identificadas. Destacam-se a frequência das variantes Gamma (34%), Delta (26,4%) e Ômicron (39,1%). A Gamma, identificada inicialmente em Manaus, predominou entre fevereiro e junho de 2021. Entre julho e novembro de 2021, a Delta. Em dezembro de 2021 a variante Ômicron foi detectada pela primeira vez, sendo predominante atualmente. Esta variante provocou crescimento expressivo no número de casos, que, ao contrário das anteriores, não se refletiu em casos graves e óbitos. Observou-se que a introdução de novas variantes acompanhou o início de novas ondas de COVID-19.

Conclusões/Considerações

A intensificação da estratégia de vigilância genômica permitiu ampliar o conhecimento sobre a pandemia e o entendimento sobre a distribuição dos casos de COVID-19 ao longo do tempo no MRJ. Estes resultados reforçam a necessidade desta estratégia de forma ampliada para o entendimento da propagação da COVID-19 na cidade, que trazem elementos para a construção de resposta orientada no combate à propagação do vírus.