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O estudo foi realizado entre os meses de fevereiro a maio de 2022.
Objeto da experiência
Qualificar a vigilância de rumores potenciais de emergências em saúde pública a fim de descartar eventuais fake news.
Objetivos
Descrever as estratégias de análise de rumores e notícias que possam caracterizar risco à saúde humana em um ambiente virtual vulnerável a fake news.
Metodologia
O estudo configura-se em um relato de experiência referente à vigilância de rumores do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) da VIII Região de Saúde de Pernambuco através da plataforma Epidemic Intelligence From Open Sources (EIOS) disponível pela Organização Mundial de Saúde. A análise dessas prováveis fake foi realizada a partir de verificação da matéria em outras fontes de notícias.
Resultados
De fevereiro a maio de 2022, foram analisados diariamente uma média de 50 rumores, 10% desses foram considerados relevantes de emergência em saúde pública e 08 clippings de notícias elaborados. As categorias de rumores que tiveram destaque foram: Covid-19 (38,8%), Arbovirose (10%), Hepatite (7,5%), Monkeypox (5,5%) e Sarampo (3,5%). Os temas variaram conforme o contexto epidemiológico evidente. A ferramenta EIOS apresentou excelente viabilidade de detecção de rumores internacionais e nacionais
Análise Crítica
A desinformação pelos discursos de ideologia política e fake news representa uma ameaça à saúde, uma vez que a vigilância de rumores tem a intenção de identificar potenciais Emergências em Saúde Pública, seja por mudanças de padrão epidemiológico, novas doenças ou desastres com impactos na saúde humana. O processo de trabalho torna-se fragilizado pela morosidade de análise de rumores devido as fake news. As tecnologias existentes não são suficientes para qualificar a veracidade de conteúdo.
Conclusões e/ou Recomendações
Considerando as frequentes situações de emergências de saúde e os constantes efeitos de mudanças climáticas, o prévio conhecimento referente à risco iminente à saúde é indispensável, contudo o país precisa ter políticas públicas de enfrentamento às fake news e investimentos contínuo em estratégias de inteligência epidemiológica.
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