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As notificações da Doença de Haff em Salvador (jan/2018-mai/22) foram analisadas entre mar-mai/2022.
Objeto da experiência
Descrição dos casos notificados da doença de Haff de residentes de Salvador- Ba.
Objetivos
Relatar a experiência da caracterização dos casos confirmados da doença de Haff notificados em Salvador, durante um estágio extracurricular no Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Salvador (CIEVS SSA).
Metodologia
Estudo quantitativo e descritivo (relato de experiência) realizado no CIEVS SSA. Os casos da doença de Haff foram investigados por meio da análise de prontuários das unidades de saúde e/ou questionário disponível no site do CIEVS SSA. A experiência consistiu em qualificar, investigar e classificar todos os casos notificados da doença. Os dados foram incluídos no Epi Info™ e realizadas análises das principais características clínicas, laboratoriais e epidemiológicas dos indivíduos.
Resultados
Dos 64 casos notificados, 38 (59,4%) foram confirmados. Destes 38, 52,6% eram do sexo feminino e a mediana de idade foi 56 (min-max: 13-89) anos. Dor muscular (94,7%) e urina escura (68,4%) foram os sintomas mais comuns. Foram hospitalizados 31 (81,6%) casos; 10 (32,3%) receberam cuidados intensivos e 2 (6,5%) diálise. A mediana dos valores CPK foi 17.360 (441-100.000) U/L. Dos 35 que informaram o tipo de peixe consumido, 13 (37,1%) referiram badejo, 11 (31,4%) olho de boi e 11 (31,4%) outros.
Análise Crítica
A doença de Haff é uma doença potencialmente grave, que requer hospitalização frequentemente. A mediana de idade > 50 anos, sugere uma maior vulnerabilidade para esse grupo. Os índices elevados de CPK são importantes marcadores da doença e auxiliam no seu diagnóstico quando associados a dados epidemiológicos. O início dos sintomas poucas horas após a ingestão de peixe reforça a hipótese de que a etiologia da doença é uma toxina presente nos peixes.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência oportunizou uma análise clínica/epidemiológica da doença de Haff para o fortalecimento das ações de vigilância. Foi identificada a importância da criação de formulários alternativos para o registro oportuno e de um banco de dados para monitoramento dos casos, uma vez que a doença não consta na lista de notificação compulsória. Apesar de rara, a doença de Haff deve ser notificada as autoridades sanitárias e os seus estudos ampliados.
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