GÊNERO, DISTORÇÃO DA IMAGEM CORPORAL PARA SOBREPESO, E FATORES ASSOCIADOS: RESULTADOS DO 1º SEGUIMENTO DO ELSA-BRASIL

Vol 2, 2022 - 161675
Relato de Pesquisa
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Resumo

Apresentação/Introdução: A distorção da imagem corporal para sobrepeso (ver-se como mais pesado do que realmente é) tem-se relacionado com transtornos alimentares, comportamentos não saudáveis relativos a perda de peso e desequilíbrio nutricional, ideação suicida, e depressão. Esta dimensão, bem como os fatores que a influenciam, difere entre mulheres e homens.

Objetivos

Objetivos: Avaliar a prevalência de acurácia/distorção da imagem corporal em homens e mulheres do ELSA-Brasil, bem como investigar os fatores associados a distorção para sobrepeso.

Metodologia

Metodologia: Integraram este estudo 7657 mulheres e 6357 homens com média de idades de 55,7 anos (DP=8,8) e 55,7 (DP=9,2) respetivamente. São participantes da Onda 2 do estudo multicêntrico ELSA-Brasil. Trata-se de um estudo transversal e cujos dados foram coletados através de um questionário multidimensional, que incluiu perguntas sobre características sociodemográficas, comportamentos de saúde, condições de saúde, e perceção da imagem corporal. Os dados foram analisados com recurso ao software STATA.

Resultados

Resultados: Os resultados mostraram que a maioria das mulheres e dos homens têm uma perspetiva acurada do próprio corpo (53,5% e 54,7%, respetivamente); e 8,8% das mulheres e 9,5% dos homens percebem-se como tendo mais peso do que realmente têm. Quando investigados os fatores associados a distorção para sobrepeso, cumprir medidas de redução de peso associam-se a essa dimensão quer nas mulheres (OR=0,68 IC95% 0,55-0,85), quer nos homens ( OR=0,49 IC95% 0,36-0,66), assim como não ser hipertensa/o (OR=0,60 IC95% 0,50-0,73 e OR=0,72 IC95% 0,60-0,87 respectivamente).

Conclusões/Considerações

Conclusões/Considerações: Estes resultados contribuem para a identificação de fatores associados à distorção da imagem corporal na população brasileira, especificando por sexo. Assim, é possível pensar intervenções que se foquem nos fatores modificáveis (ex. classe social), de forma a influenciar como homens e mulheres percebem o seu corpo, o que pode significar importante barreira ou aliado no curso de doenças crônicas e mentais.

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  • Eixo 13 - Interseccionalidades, lutas sociais e direitos humanos na saúde