FATORES ASSOCIADOS À DISTORÇÃO DA IMAGEM CORPORAL PARA SUBPESO EM MULHERES BRASILEIRAS E PORTUGUESAS

Vol 2, 2022 - 161541
Relato de Pesquisa
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Resumo

A distorção da imagem corporal para subpeso (ver-se como menos pesado/a do que realmente é) tem sido associado a obesidade e agravamento de algumas doenças crônicas nas mulheres. Adicionalmente, tem-se percebido que esta varia de acordo com o contexto, o que encoraja o desenvolvimento de estudos comparativos entre diferentes países e culturas.

Objetivos

Avaliar a prevalência de acurácia/distorção para subpeso da imagem corporal, e os fatores que lhe estão associados, em mulheres brasileiras e portuguesas.

Metodologia

Os dados investigados resultam de duas coortes epidemiológicas, o ELSA-Brasil no Brasil (n=1468) e a Geração XXI em Portugal (n=3380), e dos seus respetivos questionários multidimensionais que incluem variáveis sociodemográficas, familiares, relacionadas ao estilo de vida e saúde, e percepção da imagem corporal. Para o calculo das medidas de associação foram construídos modelos de regressão logística para cada coorte independentemente. As análises foram realizadas no software STATA.

Resultados

Os resultados mostram que a maioria das mulheres de ambas as coortes têm uma perspetiva acurada do próprio corpo (56.2% e 58.9% das mulheres do ELSA-Brasil e da Geração XXI, respectivamente). Relativamente à distorção, perceberem-se como tendo menos peso do que efetivamente têm, associa-se a uma pior auto-avaliação do estado de saúde entre as brasileiras (OR= 1,79 IC95% 1,28-2,49), e a ter nível médio de escolaridade OR=1,57 IC95% 1,23-1,99). Entre as portuguesas, a distorção para menos peso foi também asssociada a menores níveis de escolaridade (OR=2,53 IC95% 2,04-3,14 até 9 anos de estudo e OR=1,82 IC95% 1,43-2,32 de 10 a 12 anos).

Conclusões/Considerações

Estes resultados têm implicações na compreensão da distorção da imagem corporal na saúde e bem-estar de mulheres Brasileiras e Portuguesas, fato que poderá contribuir para a prevenção da obesidade e doenças crônicas, bem como para políticas de promoção da saúde nos dois países.

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