DISTRIBUIÇÃO DA CÁRIE E PERDAS DENTÁRIAS EM ADULTOS NO BRASIL, CHILE E COLÔMBIA DE ACORDO COM QUINTIS DE RIQUEZA: ANÁLISE PRELIMINAR DE INQUÉRITOS NACIONAIS

Vol 2, 2022 - 161129
Relato de Pesquisa
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Resumo

A cárie e perdas dentárias são problemas de saúde pública mundial e estão distribuídos de forma desigual na população, com maior carga de doença acometendo grupos socioeconomicamente desfavorecidos. A magnitude da desigualdade dentro dos países vem sendo evidenciadas, porém, poucos estudos estenderam as comparações entre países com amostras representativas.

Objetivos

Estimar a magnitude das desigualdades socioeconômicas na ocorrência de cárie e perdas dentárias em adultos no Brasil, Colômbia e Chile, de acordo com quintis de riqueza.

Metodologia

Foram analisados os últimos inquéritos nacionais representativos conduzidos no Brasil (2010), Colômbia (2014) e Chile (2016-17), com adultos entre 35-44 e 65-74 anos. Os desfechos foram a severidade de cárie não tratada (3+ dentes cariados), ausência de dentição funcional (

Resultados

O Brasil mostrou maior magnitude na desigualdade absoluta e relativa quanto à cárie não tratada em adultos jovens. A diferença absoluta entre os estratos de riqueza foi de 37 pontos percentuais (p.p.) (SII -0,37; IC95% -0,43; -0,31). Quanto à ausência de dentição funcional para o mesmo grupo etário, menor magnitude da desigualdade absoluta (SII -0,14; IC95% -0,22; -0,06) e relativa (CIX -0,01; IC95% -0,03; 0,02) foi observada na Colômbia. Quanto ao edentulismo em adultos entre 65 e 74 anos, observou-se uma diferença de 29p.p., 10p.p. e 7p.p. no Brasil, Chile e Colômbia, respectivamente, com maiores prevalências padronizadas observadas no menor quintil de riqueza.

Conclusões/Considerações

Observou-se variação na magnitude das desigualdades na ocorrência de cárie e perdas dentárias em adultos, de acordo com estratos de riqueza. Àqueles pertencentes ao grupo de menor riqueza exibiram maior prevalência de agravos. O Brasil foi o país com maior magnitude nas desigualdades para maioria dos desfechos. São necessários estudos que investiguem as razões das diferenças observadas, já que políticas públicas para sua redução são prioritárias.

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