DEPRESSÃO NA POPULAÇÃO BRASILEIRA: PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS DO PATIENT HEALTH QUESTIONNAIRE (PHQ-8) E PREVALÊNCIA EM GRUPOS POPULACIONAIS

Vol 2, 2022 - 160931
Relato de Pesquisa
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Resumo

A depressão destaca-se, nos últimos anos, como um dos mais relevantes problemas de saúde no mundo. O seu rastreio precoce, com emprego de ferramentas de baixo custo, fácil aplicação e interpretação, é essencial no seu enfrentamento. Para isso, a adequação dos instrumentos de triagem a contextos socioculturais específicos é crucial e reforça a necessidade de análise de seu desempenho e utilidade.

Objetivos

Avaliar as propriedades psicométricas do Patient Health Questionnaire (PHQ-8) para a mensuração de depressão na população brasileira e estimar as suas prevalências considerando a distribuição por sexo, idade, raça/cor da pele e situação de trabalho.

Metodologia

A avaliação do desempenho do PHQ-8 (depressão) foi feita com dados de uma coorte de saúde mental e trabalho de populações urbanas de Feira de Santana-BA, na linha de base (2007; N=4.170) e em 2018-19 (N=4.170). A seleção dos participantes foi feita por procedimento de amostragem complexa em dois estágios de agrupamento (setores censitários e ruas), estratificados por subdistritos. Avaliou-se o desempenho do PHQ-8 considerando validade de construto (dados da linha de base), verificada pela análise da estrutura dimensional, validade convergente e consistência interna. Estimaram-se as prevalências de depressão por sexo, idade, raça/cor da pele e situação de trabalho (dados de 2018-2019).

Resultados

A análise fatorial do PHQ-8 identificou a depressão como um construto unidimensional, com cargas fatoriais fortes e significantes (>0,50); baixas variâncias residuais (

Conclusões/Considerações

O PHQ-8 possui adequadas propriedades psicométricas para uso no Brasil, configurando-se como ferramenta diagnóstica adequada para ser implementada na rotina dos serviços de saúde, com destaque para atenção primária à saúde, e para pesquisas epidemiológicas no país. A prevalência de depressão nos subgrupos evidenciou diferenciais de gênero, geração, étnico-raciais e de trabalho que devem ser priorizados nas ações de promoção da saúde mental.

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