Anais do Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva
Anais do 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva

De 2020 a 2022 (em curso)

Objeto da experiência

Uso do Portfólio Reflexivo em Processos Educacionais em Saúde (Residência Multiprofissional e Mestrado Profissional)

Objetivos

Ratificar a importância do uso do Portfólio Reflexivo nos processos de formação/especialização para o trabalho no SUS

Metodologia

Este relato compreende as vivências das autoras em diferentes processos educacionais em saúde entre os anos de 2020 e 2022. As experiências decorreram da atuação como facilitadoras/tutoras no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental, do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), e da inserção de uma das autoras como aluna regular no Programa de Pós-Graduação em Gestão da Clínica (Mestrado Profissional), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Resultados

As situações experienciadas, mesmo que em pequena monta, permitiram compreender o Portfólio Reflexivo para além de seu papel avaliativo do processo de ensino-aprendizagem. Os breves achados revelaram sua potência na compreensão de si, do outro e do eu-no-mundo. Se bem manejado, esta ferramenta pode reverberar na construção da identidade profissional tão desejada no SUS: a do trabalhador crítico, reflexivo, que consegue, de fato, contribuir com os diferentes modos de andar a vida das pessoas.

Análise Crítica

Em ambos os Programas de Especialização, o Portfólio Reflexivo foi adotado como instrumento de aprendizagem e de avaliação. A hipótese é de que, por se tratarem de processos educacionais crítico-reflexivos, com currículos orientados por competência, balisados na aprendizagem significativa e na problematização da prática, e desenvolvidos através de metodologias ativas de ensino-aprendizagem, essas formações puderam alcançar um potencial diferenciado para a ferramenta do Portfólio.

Conclusões e/ou Recomendações

Além de impressões, reflexões e mergulhos científico-teóricos, o Portfólio Reflexivo pode [e deve] abarcar histórias de vida, atravessamentos cotidianos e, sobretudo, afetos humanos. Talvez seja isso que potencialize a reflexão da prática, movimentando-a e transformando-a em práxis. Considerando que o saber-fazer no SUS é repleto de devires, dialéticas e dialogias, tal compreensão pode representar relevante caminho de pesquisa num futuro próximo.